Educação Histórica
Numa abordagem construtivista da educação histórica o desenvolvimento do pensamento crítico afirma-se como objectivo primordial e como tal necessariamente assente em estratégias de interacção dos alunos com as fontes de informação históricas, historiográficas ou ficcionais.
Os processos de interpretação da informação daí decorrentes, necessário à construção de estruturas explicativas e de significação, implicam o desenvolvimento de competências, que constituem em simultâneo, conceitos operativos históricos, nomeadamente competências metodológicos interpretativas que são a base da actividade histórica (identificação das características e natureza das fontes históricas e de informação, validade e relevância da informação que veiculam) e competências de procedimentos descritivos e explicativos essencial à compreensão e interpretação dos acontecimentos históricos.(Melo, M. C.(s.d))
Sendo a natureza do conhecimento histórico interpretativa as situações de aprendizagem desenhadas devem centrar-se no exercício de actividades analíticos e críticas sobre fontes textuais e icónicas de natureza diversa e multimodais de modo a contemplar os vários tipos de aprendizagem. Por sua vez o recurso a fontes ficcionais, é uma forma de criar e
Nesta perspectiva, também os conhecimentos prévios dos alunos, quer históricos, quer de outras áreas do saber, desempenham um papel relevante que deve ser reconhecido e valorizado.
É então na interacção com as fontes de informação, no seu cruzamento com as concepções individuais e saberes interdisciplinares que se faz o envolvimento dos alunos na construção do conhecimento histórico, caminhando-se no sentido de ultrapassar concepções fragmentadas da História em múltiplos quadros datados no espaço e no tempo para a edificação de quadros narrativos históricos cada vez mais globais e elaborados.
Este é o pressuposto aliás das competências essenciais enunciadas no currículo Nacional do Ensino Básico para a disciplina são aliás “definidas a partir do que se considera como os três grandes núcleos que estruturam esse saber [histórico], ou seja, o Tratamento de Informação/Utilização de Fontes, a Compreensão Histórica, esta consubstanciada nos diferentes vectores que a incorporam: a temporalidade, a espacialidade e a contextualização, e a Comunicação em História”.
Por fim, sendo a aprendizagem um processo, a Comunicação que em história é primordial assumindo a literacia linguística e literária o duplo papel, de elemento estruturante da cognição, enquanto processo dinâmico de codificação, processamento e recodificação da informação e de instrumento principal da avaliação já que as narrativas dos alunos são o produto esperado das aprendizagens.
Referências
Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais http://www.dgidc.min-edu.pt/fichdown/livrocompetencias/LivroCompetenciasEssenciais.pdf
Melo, Maria do Céu A investigação sobre a educação Histórica http://e-repository.tecminho.uminho.pt/poaw/EDUCH13web/ consultado em 01/2009
Melo, Maria do Céu, Pressupostos no ensino da História http://e-repository.tecminho.uminho.pt/poaw/EDUCH11web/ consultado em 01/2009